terça-feira, 28 de setembro de 2010

terça-feira,
28
de

Mudar...

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Penso que é muito bom mudar...
Mudar o cabelo, mudar a cor do esmalte, mudar o shampoo (pro cabelo não acostumar e não reagir) mudar a decoração da casa, mudar de hábitos (caso os antigos hábitos te façam mal), mudar de cara, mudar de opinião (não em cima da hora e sendo levado por interesses como uns e outros por aí) , inovar.



















ps: Eu no meu noivado 11 de junho de 2009 e 1 ano e 1 mês depois, casada. (Mudei!)

Tudo isso é bom, e essas mudanças são positivas, trazem um renovo, mas existem valores e coisas inegociáveis, imutavéis, que precisam ser uma constante em nossa vida...pense nisso!

Viver coisas novas, esse tem sido meu tema esse ano!
E aqui mais uma coisa nova, a carinha do meu blog.

Que você possa viver um renovo de DEUS todos os dias, mas que seu amor por ELE seja sempre constante, firme, inabalável!

Nele, que permanece FIEL e FIRME para sempre,

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

sexta-feira,
10
de

Política e Jardinagem (Rubem Alves)

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De todas as vocações, a política é a mais nobre. Vocação, do latim vocare, quer dizer chamado. Vocação é um chamado interior de amor: chamado de amor por um ‘fazer’. No lugar desse ‘fazer’ o vocacionado quer ‘fazer amor’ com o mundo. Psicologia de amante: faria, mesmo que não ganhasse nada.

‘Política’ vem de polis, cidade. A cidade era, para os gregos, um espaço seguro, ordenado e manso, onde os homens podiam se dedicar à busca da felicidade. O político seria aquele que cuidaria desse espaço. A vocação política, assim, estaria a serviço da felicidade dos moradores da cidade.

Talvez por terem sido nômades no deserto, os hebreus não sonhavam com cidades: sonhavam com jardins. Quem mora no deserto sonha com oases. Deus não criou uma cidade. Ele criou um jardim. Se perguntássemos a um profeta hebreu ‘o que é política?’, ele nos responderia, ‘a arte da jardinagem aplicada às coisas públicas’.

O político por vocação é um apaixonado pelo grande jardim para todos. Seu amor é tão grande que ele abre mão do pequeno jardim que ele poderia plantar para si mesmo. De que vale um pequeno jardim se à sua volta está o deserto? É preciso que o deserto inteiro se transforme em jardim.

Amo a minha vocação, que é escrever. Literatura é uma vocação bela e fraca. O escritor tem amor mas não tem poder. Mas o político tem. Um político por vocação é um poeta forte: ele tem o poder de transformar poemas sobre jardins em jardins de verdade. A vocação política é transformar sonhos em realidade. É uma vocação tão feliz que Platão sugeriu que os políticos não precisam possuir nada: bastar-lhes-ia o grande jardim para todos. Seria indigno que o jardineiro tivesse um espaço privilegiado, melhor e diferente do espaço ocupado por todos. Conheci e conheço muitos políticos por vocação. Sua vida foi e continua a ser um motivo de esperança.

Vocação é diferente de profissão. Na vocação a pessoa encontra a felicidade na própria ação. Na profissão o prazer se encontra não na ação. O prazer está no ganho que dela se deriva. O homem movido pela vocação é um amante. Faz amor com a amada pela alegria de fazer amor. O profissional não ama a mulher. Ele ama o dinheiro que recebe dela. É um gigolô.

Todas as vocações podem ser transformadas em profissões O jardineiro por vocação ama o jardim de todos. O jardineiro por profissão usa o jardim de todos para construir seu jardim privado, ainda que, para que isso aconteça, ao seu redor aumente o deserto e o sofrimento.

Assim é a política. São muitos os políticos profissionais. Posso, então, enunciar minha segunda tese: de todas as profissões, a profissão política é a mais vil. O que explica o desencanto total do povo, em relação à política. Guimarães Rosa, perguntado por Günter Lorenz se ele se considerava político, respondeu: ‘Eu jamais poderia ser político com toda essa charlatanice da realidade… Ao contrário dos ‘legítimos’ políticos, acredito no homem e lhe desejo um futuro. O político pensa apenas em minutos. Sou escritor e penso em eternidades. Eu penso na ressurreição do homem.’ Quem pensa em minutos não tem paciência para plantar árvores. Uma árvore leva muitos anos para crescer. É mais lucrativo cortá-las.

Nosso futuro depende dessa luta entre políticos por vocação e políticos por profissão. O triste é que muitos que sentem o chamado da política não têm coragem de atendê-lo, por medo da vergonha de serem confundidos com gigolôs e de terem de conviver com gigolôs.

Escrevo para vocês, jovens, para seduzi-los à vocação política. Talvez haja jardineiros adormecidos dentro de vocês. A escuta da vocação é difícil, porque ela é perturbada pela gritaria das escolhas esperadas, normais, medicina, engenharia, computação, direito, ciência. Todas elas, legítimas, se forem vocação. Mas todas elas afunilantes: vão colocá-los num pequeno canto do jardim, muito distante do lugar onde o destino do jardim é decidido. Não seria muito mais fascinante participar dos destinos do jardim?

Acabamos de celebrar os 500 anos do descobrimento do Brasil. Os descobridores, ao chegar, não encontraram um jardim. Encontraram uma selva. Selva não é jardim. Selvas são cruéis e insensíveis, indiferentes ao sofrimento e à morte. Uma selva é uma parte da natureza ainda não tocada pela mão do homem. Aquela selva poderia ter sido transformada num jardim. Não foi. Os que sobre ela agiram não eram jardineiros. Eram lenhadores e madeireiros. E foi assim que a selva, que poderia ter se tornado jardim para a felicidade de todos, foi sendo transformada em desertos salpicados de luxuriantes jardins privados onde uns poucos encontram vida e prazer.

Há descobrimentos de origens. Mais belos são os descobrimentos de destinos. Talvez, então, se os políticos por vocação se apossarem do jardim, poderemos começar a traçar um novo destino. Então, ao invés de desertos e jardins privados, teremos um grande jardim para todos, obra de homens que tiveram o amor e a paciência de plantar árvores à cuja sombra nunca se assentariam. (Folha de S. Paulo, Tendências e Debates, 19/05/2000.)

Rubem Alves

(Folha de S. Paulo, Tendências e Debates, 19/05/2000.)

Muito fera!
abraço,
Poli.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

quinta-feira,
9
de

Missão.

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Lendo um livro me deparei com essa parte, é de se pensar:

"Eu creio que, em relação à grande tensão entre a interpretação vertical do Evangelho como essencialmente preocupado com a ação salvadora de Deus na vida de indivíduos, e a interpretação horizontal, como principalmente preocupada com os relacionamentos humanos no mundo, precisamos nos livrar desta oscilação bastante primitiva de ir de um extremo a outro.
Um cristianismo que perdeu sua dimensão vertical perdeu seu sal, e não é apenas insípido em si mesmo, mas também inútil para o Mundo. (...)
Mas, um cristianismo que usa a preocupação vertical como um meio de escapar de sua responsabilidade pela vida comum do homem e de estar envolvido diretamente nela é uma negação da encarnação, do amor de DEUS manifestado em Cristo".
(Relatório de Uppsala 68, editado por Norman Goodall, Wcc, Genebra, 1968.)

Pare, pense um pouco nisso...

Nele, que é um Deus de amor,

Poli.

Quem sou eu

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Casada com o meu melhor amigo, Mãe de dois garotos, os amores da minha vida. Secretária, Musicista, Pedagoga em formação, Dona de casa, Feliz, Sonhadora, caminho olhando pro alvo que é CRISTO!
 

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